HPV
Acredita-se que mais da metade dos adultos sexualmente ativos terão contato com o papilomavirus humano (HPV) em algum momento de suas vidas. As mulheres jovens são as mais frequentemente infectadas e a identificação do vírus em até 43% das adolescentes com vida sexual ativa é motivo de grande preocupação para as autoridades da saúde.
As preocupações com o HPV derivam de sua associação com a câncer do colo uterino, o segundo mais comum em todo o mundo, além das verrugas genitais, que representam uma doença sexualmente transmissível muito comum. Isso não quer dizer que todas as portadoras terão câncer ou verrugas. Na verdade, com avaliação ginecológica periódica e medidas de controle, acreditamos que poucas mulheres terão.
Como não se identificam lesões ao exame físico convencional em boa parte dos casos, o rastreamento da infecção é feito pelo exame colpocitológico, mais conhecido como preventivo ou Papanicolaou, que pode ser colhido durante a consulta ginecológica de rotina. Frente a alterações características no exame de rastreamento, a colposcopia e os testes de captura híbrida ou de genotipagem estão disponíveis para confirmação. Em casos específicos, as consultas com o ginecologista podem ser recomendadas a intervalos menores.
As grandes perspectivas com relação ao tratamento de pacientes com HPV estão na proposta recente de vacinação, que tem boa eficácia na redução da incidência de infecções, condilomas e lesões pré-malignas. A barreira do custo elevado e a falta de cobertura mais ampla ainda são limitantes para a vacinação irrestrita, mas não se pode negar que a vacina contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV já implique grande impacto sobre o controle da pandemia do papilomavírus humano e ofereça melhores perspectivas para as gerações futuras.