Síndrome dos Ovários Policísticos
A síndrome dos ovários policísticos (ou micropolicísticos) acontece em 10% a 15% das mulheres com idade entre 15 e 45 anos. Intervalos longos entre as menstruações, espinhas, pele oleosa, aumento de pêlos e dificuldade de engravidar são as queixas mais comuns entre aquelas mulheres.
Ao contrário do que muitos pensam, os ovários policísticos são um sinal do problema e não a causa. Aliás, acredita-se que pelo menos uma em cada quatro das mulheres com ovários policísticos vistos à ultrassonografia possam ser normais. Então, não vale à pena se preocupar com esse achado isolado em exames de rotina sem antes conversar com um ginecologista.
Quando se confirma a síndrome dos ovários policísticos, o controle pode ser realizado a partir de mudanças de comportamento, com a inserção dos exercícios físicos e bons hábitos alimentares à rotina diária, ambos sob supervisão. Além dessas mudanças, medicamentos podem ser prescritos pelo ginecologista, com intenção de controlar o problema.
Infelizmente, a gravidez nem sempre acompanha a regularização das menstruações e pode ser necessária a instituição de tratamentos específicos para infertilidade.
A indução de ovulação em consultório pode ser bem sucedida em até metade dos casos; a escolha dessa opção terapêutica vai depender de uma boa avaliação clínica e, principalmente, do tempo disponível para se aguardar uma gestação.
Os procedimentos de inseminação artificial e fertilização in vitro também podem ser indicados para aquelas mulheres com a síndrome dos ovários policísticos, principalmente com idade maior de 38 anos ou outras causas de infertilidade concomitantes.